segunda-feira, 20 de abril de 2020

ATIVIDADE 5 e 6 - SEMANA DE 20 A 30 DE ABRIL - 1ºs ANOS - EGITO ANTIGO




AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES




EGITO ANTIGO

“ O Egito é uma dádiva do Nilo”. Heródoto


A história do Egito divide-se em três fases: o Antigo Império; 
Médio Império e o Novo Império. 
Ao longo desses três períodos, o Egito atingiu seu apogeu. 
Porém, a partir do século VII a.C. o 
Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo 
esplendor.


ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. – 2100 a. C.): foram 
construídas obras de drenagem e irrigação do 
Rio Nilo, permitindo a expansão da agricultura; construção 
das grandes pirâmides dos faraós Quéops,
Quéfren e Miquerinos, nas proximidades de Mênfis, 
a capital do Egito na época.


As pirâmides eram túmulos dos faraós, que guardavam no 
seu interior objetos que pertenciam ao 
soberano, como móveis e jóias.
Durante o Antigo Império, o faraó conquistou amplos 
poderes. 
Isso acabou gerando alguns conflitos: 
os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos 
nomos não aceitaram a situação e 
procuraram diminuir o poder do faraó. Essas disputas 
acabaram por enfraquecer o poder político do 
Estado.


MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C. – 1580 a.C.): os faraós 
reconquistaram o poder político no Egito. 
A capital passou a ser Tebas. Nesse período, conquistas 
territoriais trouxeram prosperidade 
econômica. Mas algumas agitações internas voltariam a 
enfraquecer o império, o que possibilitou, 
por volta de 1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade 
de origem asiática. Os hicsos 
permaneceram no Egito cerca de 170 anos.


NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. – 715 a.C.): O período iniciou-se
com a expulsão dos hicsos e foi 
marcado por numerosas conquistas territoriais. Em seu final 
ocorreram agitações internas e outra 
onda de invasões. Devido ao enfraquecimento do Estado, o 
Egito foi conquistado sucessivamente 
pelos assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.)








POLÍTICA E SOCIEDADE DO EGITO ANTIGO
Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de um 
conjunto de comunidades patriarcais 
chamadas de nomos. Os nomos eram controlados por um 
chefe chamado nomarca. Os nomos se 
agrupavam em duas regiões distintas, que formavam dois
reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino
do Baixo Egito.


Por volta de 3.200 a.C. o reino do Norte dominou o reino do 
Sul, unificando assim, o Egito. O 
responsável por essa união foi Menés, que passou, então, a 
ser chamado de faraó, cujo significado 
é “casa grande”, “rei das duas terras”. O poder dos reis 
passava de pai para filho, isto é, era 
hereditário. Como os egípcios acreditavam que os faraós 
eram deuses ou, pelo menos, 
representantes diretos dos deuses na Terra, a forma de 
governo que se instalou foi chamada de 
monarquia teocrática. 



A ilustração acima representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito:


A sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, 
senhor de todas as terras e de todas as pessoas. 
Ele era responsável pela justiça, pelas funções 
religiosas, pela fiscalização das obras 
públicas e pelo comando do exército. 


O faraó era considerado um deus vivo, filho de deuses e 
intermediário entre eles e a população. 
Em sua honra, realizava-se inúmeros cultos.


Abaixo do faraó, e em ordem de importância, estavam o 
Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o 
Sumo-Sacerdote de Amon-Rá, um dos principais deuses do 
Egito Antigo. Os vizires contavam com 
a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é, os 
governadores dos nomos, os distritos do Egito. 
Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários do governo, os escribas, que sabiam 
ler e escrever.


ECONOMIA: A agricultura era a atividade econômica 
principal dos egípcios. Para melhor aproveitar 
as águas do rio Nilo, os camponeses uniam-se, 
empenhando-se na construção de diques e no 
armazenamento de cereais para a época de escassez.


Com o tempo, a produção agrícola tornou-se variada, sendo 
cultivados algodão, linho (utilizados na 
fabricação de roupas), trigo, cevada, gergelim, legumes,
frutas e, principalmente, oliveiras. 
Às margens do rio os camponeses faziam pomares e hortas, produzindo favas, lentilhas, 
grão–de–bico e pepinos. Cultivavam ainda uva, utilizada na 
fabricação do vinho. Perto de suas casas,
eles criavam porcos e carneiros. O trabalho no campo era 
realizado com o auxílio de um arado de 
madeira puxado por bois. Os camponeses que moravam nos pântanos e nos lagos costeiros, 
organizados em equipes, criavam em tanques numerosas 
variedades de peixes. O peixe, seco e 
conservado, era consumido muitas vezes com pão e cerveja,
e constituía parte importante da 
alimentação dos egípcios.


Contando com um intenso artesanato, o comércio também 
foi outra importante atividade econômica 
no Egito Antigo.


RELIGIÃO: Desempenhava papel importante na sociedade 
egípcia: todos os aspectos da vida de um 
egípcio eram regulados por normas religiosas. Havia 
cerimônias religiosas para os acontecimentos
individuais: nascimento, casamento, morte, etc., e também 
para os acontecimentos que envolviam 
toda a sociedade, como as festas na época da colheita.


As crenças egípcias giravam em torno da adoração de 
vários deuses, o politeísmo, e a crença em 
deuses com forma humana e animal, 
o antropozoomorfismo. 
Muitos deles eram associados a 
determinadas forças da natureza. O politeísmo egípcio era 
acompanhado pela forte crença em 
uma vida após a morte. É a partir desse princípio religioso 
que podemos compreender a 
complexidade dos rituais funerários e a preparação dos 
cadáveres através do processo de mumificação.


Os antigos egípcios acreditavam numa vida após a morte e 
no retorno do espírito ao corpo. 


Muito do que conhecemos hoje sobre os costumes e o modo de vida do Egito Antigo está 
associado a essa crença. A maior parte do nosso 
conhecimento vem da análise das pinturas e 
dos objetos deixados pelos egípcios nos túmulos.



RITUAIS DE VIDA E MORTE: 
Deus Anúbis realizando uma mumificação

Os egípcios acreditavam na vida após a morte, mas se 
quisessem gozar o outro mundo, seus corpos
teriam de sobreviver. 
Por essa razão, mumificavam seus mortos. A técnica de 
preservar corpos é chamada de 
embalsamamento e os egípcios foram verdadeiros mestres 
nessa atividade. 


Após a morte, o corpo era esvaziado e desidratado com a 
ajuda de um sal especial. Em seguida, 
embalsamado e envolvido com faixas de tecido de linho. 


As vísceras do morto eram colocadas 
separadamente em quatro recipientes. Somente o coração 
era substituído por algum objeto. 
Por ser impossível conservá-lo, uma peça em forma de 
escaravelho (inseto de quatro asas, 
também chamado de bicho-bolo) era colocada em seu lugar. 


Em geral, um texto sagrado envolvia 
o novo "coração". Assim, o anterior era substituído 
simbolicamente.

Enquanto os embalsamadores se ocupavam da proteção do 
corpo, uma sepultura era preparada e decorada.


Nem todos eram enterrados em pirâmides, como os faraós
O sepultamento variava conforme a 
posição social do indivíduo e sua riqueza. Havia outros 
tipos de túmulos: os hipogeus e as mastabas.
Os hipogeus eram túmulos subterrâneos cavados nas rochas, principalmente nos barrancos de rios 
ou nas encostas de montanhas. Podiam possuir vários 
compartimentos e ser ricamente decorados. 


As mastabas eram tumbas, de base retangular, que tinham 
no interior uma sala para oferendas, uma 
capela e uma câmara mortuária subterrânea, onde ficavam 
os mortos. As pessoas mais humildes 
eram enterradas em covas simples no meio do deserto.
Para o interior do túmulo, os egípcios levavam objetos de 
uso diário e as riquezas que possuíam e 
pintavam cenas cotidianas. Acreditavam que, agindo assim, 
garantiriam o conforto na vida após a morte.


Um ponto curioso nos rituais do Egito era a zoolatria, ou seja, a adoração de animais. Os animais tidos como sagrados eram também cuidadosamente 
mumificados, após a morte, e depositados em 
cemitérios especiais.


OS DEUSES: Os egípcios cultuavam inúmeros deuses, 
com funções e aspectos variados. 
Existiam deuses cultuados em todo Egito e outros adorados 
apenas em determinados lugares. 


Entre os primeiros estavam os deuses ligados à morte e ao 
enterro, como Osíris.

O culto ao Isis e Osíris era o mais popular no Egito Antigo. 
Acreditava-se que Osíris e sua irmã-
esposa, Ísis, tinham povoado o Egito e ensinado aos 
camponeses as técnicas da agricultura. Conta a lenda que 
o deus Set apaixonou-se por Isis e por isso assassinou 
Osíris.


Esse ressuscitou e dirigiu-se para o Além, tornando-se o 
deus dos mortos.
Os antigos egípcios acreditavam que as lágrimas de Ísis, que chorava a morte do esposo, eram
responsáveis pelas cheias periódicas do Nilo. Também era 
adorado o deus Hórus, filho de Ísis e Osíris.


O CONHECIMENTO E AS ARTES: Os egípcios 
desenvolveram importantes conhecimentos em 
diversas áreas: na aritmética, na astronomia, na química 
e na área da saúde.


A medicina egípcia apresentava grandes avanços, 
como a criação de tratamentos médicos, delicadas 
intervenções cirúrgicas e tratamento de doenças, destaca-se
ainda, a mumificação de cadáveres.


A fim de resolver problemas práticos desenvolveram técnicas como o controle das inundações, a 
construção de sistemas hidráulicos, a preparação da terra 
para a semeadura de acordo com o ciclo das estações.
As manifestações artísticas tinham evidente conotação 
religiosa sempre voltadas para a glorificação 
dos deuses e a vida de alguns faraós. Na arquitetura e na 
engenharia a construção de pirâmides e 
templos representaram um grande avanço em tais áreas.


A ESCRITA EGÍPCIA: 
Feita com sinais ou caracteres pictóricos 
que representavam imagens de pássaros, insetos, 
objetos, etc., conhecidos como hieróglifos, 
é considerada uma das formas de escrita mais antigas
conhecidas. 


Nela, cada sinal representava um objeto: havia partes do 
corpo humano, plantas, animais, edifícios, barcos, 
utensílios de trabalho, profissões, armas. 
Com o tempo, esses desenhos foram substituídos 
por figuras mais simplificadas ou por símbolos gráficos.
Os hieróglifos podiam ser escritos da direita para a 
esquerda ou vice-versa a ordem certa, em cada 
caso, dependia da direção dos olhos das figuras humanas 
ou dos  pássaros representados.

Para escrever era utilizado o papiro, espécie de papel 
fabricado com o talo de uma planta de mesmo 
nome, acompanhado de pincéis, paletas, tinteiros e um pilão. Quando eles iam escrever esmagavam 
os pigmentos no pilão e depois transferiam a tinta para o 
tinteiro, que tinha duas cavidades: Uma 
para tinta vermelha e outra para a tinta preta. Os pincéis 
eram umedecidos com água que ficava numa bolsa de couro. 


Algumas paletas tinham caráter 
espiritual para os escribas, sendo guardadas 
em seus túmulos.

A escrita hieroglífica foi decifrada pelo francês Jean-François Champollion, que, após anos de estudo,
concluiu seu trabalho em 1822, decifrando a Pedra de 
Roseta, um pedaço de basalto negro onde 
estava gravado um texto em grego, hieróglifos e demótico.
Quem realizava este trabalho de registro eram os escribas. 
Os escribas eram altos funcionários a 
serviço do faraó. Tinham como dever, anotar o que 
acontecia nos campos, contar os grãos, 
registrar as cheias do Nilo, calcular os impostos que os 
camponeses deveriam pagar, escrever 
contratos, atas judiciais, cartas, além de registrar os outros 
produtos que entravam no armazém.


Além da escrita, os escribas tinham que conhecer as leis, 
saber calcular impostos e ter noções de 
aritmética. Os escribas possuíam um pictograma próprio, 
representado pela paleta. Lê-se sech 
(escrever), e faz parte das palavras relacionadas com arquivos, impostos e tributos.



As mulheres na sociedade egípcia: 


Os relevos e pinturas dos túmulos fornecem imenso e
importante material para se estudar a vida 
cotidiana dos egípcios. Apesar de os grandes túmulos 
terem pertencido apenas aos membros dos 
grupos sociais mais ricos, algumas cenas de seu interior 
permitem-nos lançar um olhar sobre o 
cotidiano de grande parte da população. As informações 
transmitidas por estas cenas podem ser 
complementadas por objetos de uso diário, que eram 
muitas vezes sepultados com seus proprietários. 


Os textos literários e administrativos são também importantes.
Assim, é possível conhecer um pouco o papel das mulheres 
no Egito Antigo analisando a decoração 
dos túmulos. Nessas cenas, a esposa ou a mãe do 
proprietário do túmulo têm maior destaque. Em 
geral, as duas aparecem vestidas de forma simples, mas 
elegante, sentadas comodamente com o 
homem à mesa de oferendas. Por vezes, elas acompanham 
o homem quando ele observa cenas de
trabalho. No outro extremo, encontramos as mulheres 
ocupadas em trabalhos servis, fazendo pão e 
cerveja, fiando ou tecendo. São atividades feitas, 
provavelmente, em aposentos domésticos de uma 
casa mais rica.


A cor amarelada da pele das mulheres indica, 
entre outras coisas, uma menor exposição ao sol do 
que a dos homens, representados com aparência mais 
avermelhada. Isso sugere uma reclusão 
maior da mulher. É possível que não fosse seguro para 
elas se aventurarem pelos espaços externos. 


Um texto de Ramsés III afirma: "Tornei possível à mulher 
egípcia seguir seu caminho, podendo as
suas viagens prolongar-se até onde ela quiser, sem que 
qualquer outra pessoa a assalte na estrada", 
o que implica não ter sido sempre este o caso.


Nos túmulos mais antigos as mulheres estão ausentes 
dos trabalhos de maior destaque e das 
diversões mais agradáveis. Para além das cenas de
tocadoras de instrumentos e de dançarinas 
acrobáticas, o papel das mulheres neste período parece 
ter sido muito restrito. As mulheres não
tinham quaisquer títulos importantes e, à exceção de alguns
membros da família real e das rainhas, 
dispunham de pouco poder político. O título que detinham 
em geral era o de senhora da casa. Quase 
todas eram analfabetas.


A vida dos egípcios" em Só História. Virtuous 
Tecnologia da Informação, 2009-2020. Consultado 
em 23/03/2020 às 15:01. Disponível na Internet em
http://www.sohistoria.com.br/ef2/egito/p5.php


A partir da leitura do texto acima, responda, no teu 
caderno, as questões abaixo: 

Quais os períodos que se divide a história do Egito Antigo?

Cite 3 características do Antigo Império.

Quem foram os hicsos?

O Novo Império foi um período de sucessivos ataques e 
conquistas da região egípcia por outros povos. 


Quais foram eles?


O que eram os nomos?


Explique como funcionava a Monarquia teocrática.


Qual a posição e função do faraó na sociedade egípcia?


A partir da observação do mapa, 
responda:


Como é a região do Egito?

Em que parte do Egito localizam-se as maiores pirâmides?

Como desenvolveu-se a economia egípcia? 

Qual a importância do rio Nilo? 

Como se organizava a religião no Egito Antigo? Identifique 
3 características.

Qual ponto da cultura egípcia mais te chama a atenção? 

Pesquisa e escreva um pequeno texto 
a respeito. 

Um comentário:

  1. Terminei hoje ufa
    Fernanda Franco Pedroso
    T113
    Primeiro ano
    Fernandafpedroso@gmail.com bjs

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