quarta-feira, 29 de abril de 2020

Totalidade 9 - Atividade 6 - 27 a 30 de abril

Revoluções liberais, nacionalismo e unificações

COTRIM, Gilberto. História Global. Brasil e Geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.


Apesar das ações do Congresso de Viena (1814- 1815) 
para restaurar monarquias tradicionais da nobreza e do clero, as tendências conservadoras não perduraram por muito tempo. A partir de 1850 o absolutismo cede lugar a uma nova conjuntura política predominantemente liberal.

Liberalismo e nacionalismo na Europa

Entre 1830-45 a população europeia vivencia um momento socioeconômico negativo: diminuição de colheitas, situação de miséria do operariado, ausência de garantias e direitos fundamentais para o trabalhador e repressão à liberdade de expressão.
Essa situação aliou, temporariamente, setores da pequena e média burguesia com o operariado.
Dessa aliança instável surgem vários movimentos revolucionários de contestação às estruturas vigentes. Ideias liberais, nacionalistas e socialistas esses movimentos ocorreram em diversos países (Itália, França, Áustria, Irlanda, Alemanha, Suiça e Hungria.



Entre os pontos defendidos pelo liberalismo, destacavam-se:

Política: governo democrático.
Economia: intervenção mínima do Estado.
Religião: Estado e Igreja totalmente separados.
Principais ideias defendidas pelo Nacionalismo:
Cultura
Independência nacional
Autodeterminação


As teses liberais e nacionalistas foram fundamentais no movimento de unificação da Itália e da Alemanha.

Revoluções Liberais na França: Séc. XIX: 1830 (burguesia) e 1848 (burguesia e operariado).
Restauração dos Bourbon: queda de Napoleão → Congresso de Viena → retorno da dinastia dos Bourbon com Luís XVIII (Terror Branco) e Carlos V (manutenção da política do terror, indenizações aos nobres e forte censura).

Revolução de 1830 

Problemas econômicos aumentam o descontrole popular ao regime francês. As forças liberais burguesas deflagraram a revolução. O rei é derrubado e substituído por Luís Felipe de Orléans. A revolução repercutiu pela Europa e até mesmo no Brasil (abdicação de D.Pedro I → Período Regencial).
Governo de Luís Felipe (1830-1848): 
Grande desenvolvimento dos setores financeiro e industrial. Expansão colonial na África, Ásia e Oceania. Ficou conhecido como "rei burguês".

Revolução de 1948

Problemas econômicos e dificuldades políticas (1846): aumento da miséria, más colheitas, greves operárias e campanhas políticas pela reformulação do sistema eleitoral. Burguesia liberal e operariado unem-se contra o governo e derrubam Luís Felipe com apoio de estudantes e setores da guarda nacional.

Governo Provisório e derrota socialista

Proclamada a República promoveu-se a liberdade de imprensa, abolição da escravidão nas colônias e estabeleceu-se o sufrágio universal. Os socialistas que participaram desse governo (Louis Blanc) exigiam mudanças profundas para beneficiar os trabalhadores urbanos. Porém, também estavam presentes a burguesia liberal (Alfonse Lamartine) que, em 23/4/ 1848, foi eleita, em sua maioria, para constituir uma Assembleia Nacional Constituinte.
Derrotados, os socialistas comandaram várias lutas contra as decisões da Assembleia. Rebeliões eclodiram em Paris e cidades de maior concentração industrial.
No mesmo ano, Marx e Engels publicaram o Manifesto Comunista (União e luta do proletariado contra as injustiças da sociedade capitalista).
O governo burguês reprimiu de forma violenta as rebeliões, provocando a morte de mais de 10 mil pessoas. Líderes socialistas foram mortos ou tiveram que fugir. É o rompimento definitivo entre políticos da burguesia e socialistas.

Governo de Luís Bonaparte

  Uma nova constituição é promulgada em 11/1848 e eleições para presidência são realizadas. Com 73% dos votos, o candidato vitorioso é o sobrinho de Napoleão. Com apoio da maioria do exército, camponeses, Igreja e burguesia, Luís Bonaparte era o candidato do "Partido da Ordem" e prometia devolver à França os tempos de glória.
Em 2/12/1851, dois meses antes de encerrar seu mandato, Luís B. dá um golpe de Estado. Depois, consegue apoio popular e realiza um plebiscito, colocando fim na República e restaurando o Império. Em 12/1852 é coroado Napoleão III, "imperador dos franceses pela graça de Deus e vontade geral da Nação", reinando até 1870.

Unificação Italiana

Desde a idade média a península itálica era dividida em diversas unidades políticas independentes. No início do séc. XIX, mudanças oriundas do desenvolvimento industrial levam ao crescimento das cidades e intensificação do comércio. Para manter esse progresso a burguesia deseja a unificação da região. Após várias tentativas e derrotas, em 1860 é concluída a unificação. A criação do Estado do Vaticano, em 1870, foi uma forma de resolver a não aceitação da Igreja Católica ao processo.
Nomes importantes do processo: Giuseppe Garibaldi e Papa Pio XI.

Unificação Alemã

Até o séc. XIX, 39 estados independentes, agrícolas e algumas iniciando a industrialização. Juntos, eles formavam a Confederação Germânica.
Em 1834 uma estratégia para unir os Estados foi o Zollverein. Foi com Otto von Bismarck que a unificação ocorreu de fato e a então Alemanha vive uma aceleração do seu processo de industrialização, tornando-se uma das maiores economias do mundo, disputando espaço com Inglaterra e a França.

Comuna de Paris

Em 1871, trabalhadores franceses organizaram uma rebelião contra o governo conservador de Thiers devido a miséria e humilhações que vivenciavam.
O governo popular da Comuna era formado por socialistas, anarquistas e liberais radicais. 
Seus objetivos eram: criar um Estado de trabalhadores, através de comunas livres e autônomas; eleger os funcionários do Estado (que poderiam perder seus empregos); substituir exércitos por milícias populares; congelar preços e aluguéis; criar creches e escolas e estabelecer que o Estado deveria focar na melhora da qualidade de vida dos trabalhadores.
Em maio de 1871, o governo de Thiers, com apoio da burguesia e alemães, após uma semana de batalha, massacra a Comuna, colocando fim no movimento socialista francês.

Expansão do Imperialismo

Segunda Revolução Industrial (1850- 1900)

Auxiliou na expansão capitalista da Europa e EUA com a introdução de novas tecnologias (energia → petróleo e eletricidade, aço, transportes → locomotivas elétricas, motor a gasolina, automóveis e aviação, comunicação→ telégrafo, fotografia, telefone, cinema e rádio).


A economia capitalista concentrou a produção e o capital em grandes empresas. A livre concorrência manteve os melhores preços nas mãos das empresas mais fortes que dominavam as produções. Surgem os monopólios industriais (cartel, holding e truste). Com a eliminação dos concorrentes era fácil fixar valores e lucros. Os bancos associavam-se às grandes indústrias, com empréstimos e investimentos. Essa fusão de capitais ficou conhecido como Capitalismo financeiro e monopolista. 

As principais características dessa fase foram:
1. Aumento da produção e procura por novos mercados e, 
2. Acúmulo de capital gerando novos investimentos.
Com medidas protecionistas à entrada de mercadorias estrangeiras, o novo alvo de investimentos passou a ser as nações não industrializadas; Ásia, África e Oceania. Para expandir, as grandes potências adotam uma política imperialista, conhecida como neocolonialismo do séc. XIX

.

Essa política utilizava de intervenção militar para dominar o território e interferência econômica. O objetivo da política neocolonialista era dividir o mundo entre as grandes potências capitalistas.
Para justificar tal prática as potências alegavam "missão civilizadora"🔎, tendo como base três elementos:
Características biológicas da "raça branca;
Fé religiosa (cristianismo);
Desenvolvimento técnico e científico.

A luta internacional pelo controle de matérias primas, disputa por novos mercados e necessidade de investimentos no exterior necessitava de ações políticas dos governos capitalistas que estimularam a expansão colonialistas por questões estratégicas: poderio militar e segurança nacional.
Portugal, Bélgica, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda e Japão estavam voltados para o neocolonialismo mas foi Inglaterra e a França que obtiveram os maiores impérios coloniais.




quarta-feira, 22 de abril de 2020

AVALIAÇÃO DAS AULAS PROGRAMADAS

QUERIDOS ALUNOS, DAS TOTALIDADES 7 E 9!
FECHAMOS NOSSO PRIMEIRO MÊS DE AULA, INFELIZMENTE À DISTÂNCIA.
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Totalidade 9 - Atividade 5 - Semana de 20 a 24 de abril




Atividades: 

Assista ao vídeo postado na semana passada em:
CLIQUE AQUI👇 

Leia o texto postado na semana anterior em
Independências nas Américas Espanholas, Haiti e Brasil.

Responda no teu caderno.

  1. O que foi a Revolução Industrial?
  2. Por que a Revolução Industrial teve seu início na Inglaterra?
  3. Como se deu a competição dos países industrializados diante a necessidade de consumidores e matérias-primas?
  4. O que levou à revolução Francesa?
  5. Como era organizada a sociedade francesa?
  6. Explique qual a relação existente entre colônias e metrópoles.
  7. Como essa relação provocou o descontentamento das colônias?
  8. A situação de quem morava nas colônias era parecida com as motivações da população francesa? Explique.
  9. Qual o lema da Doutrina Monroe? Explique. 
  10. Como estava dividida a população brasileira no período colonial?
  11. Escolha umas das revoltas coloniais, pesquise e complete o quadro abaixo:


Revolta:
Data :
Objetivo
Líder
Participantes
Conclusão



segunda-feira, 20 de abril de 2020

ATIVIDADE 5 e 6 - SEMANA DE 20 A 30 DE ABRIL - 1ºs ANOS - EGITO ANTIGO




AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES




EGITO ANTIGO

“ O Egito é uma dádiva do Nilo”. Heródoto


A história do Egito divide-se em três fases: o Antigo Império; 
Médio Império e o Novo Império. 
Ao longo desses três períodos, o Egito atingiu seu apogeu. 
Porém, a partir do século VII a.C. o 
Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo 
esplendor.


ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. – 2100 a. C.): foram 
construídas obras de drenagem e irrigação do 
Rio Nilo, permitindo a expansão da agricultura; construção 
das grandes pirâmides dos faraós Quéops,
Quéfren e Miquerinos, nas proximidades de Mênfis, 
a capital do Egito na época.


As pirâmides eram túmulos dos faraós, que guardavam no 
seu interior objetos que pertenciam ao 
soberano, como móveis e jóias.
Durante o Antigo Império, o faraó conquistou amplos 
poderes. 
Isso acabou gerando alguns conflitos: 
os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos 
nomos não aceitaram a situação e 
procuraram diminuir o poder do faraó. Essas disputas 
acabaram por enfraquecer o poder político do 
Estado.


MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C. – 1580 a.C.): os faraós 
reconquistaram o poder político no Egito. 
A capital passou a ser Tebas. Nesse período, conquistas 
territoriais trouxeram prosperidade 
econômica. Mas algumas agitações internas voltariam a 
enfraquecer o império, o que possibilitou, 
por volta de 1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade 
de origem asiática. Os hicsos 
permaneceram no Egito cerca de 170 anos.


NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. – 715 a.C.): O período iniciou-se
com a expulsão dos hicsos e foi 
marcado por numerosas conquistas territoriais. Em seu final 
ocorreram agitações internas e outra 
onda de invasões. Devido ao enfraquecimento do Estado, o 
Egito foi conquistado sucessivamente 
pelos assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.)








POLÍTICA E SOCIEDADE DO EGITO ANTIGO
Inicialmente, os egípcios se organizaram por meio de um 
conjunto de comunidades patriarcais 
chamadas de nomos. Os nomos eram controlados por um 
chefe chamado nomarca. Os nomos se 
agrupavam em duas regiões distintas, que formavam dois
reinos rivais: o reino do Alto Egito e o reino
do Baixo Egito.


Por volta de 3.200 a.C. o reino do Norte dominou o reino do 
Sul, unificando assim, o Egito. O 
responsável por essa união foi Menés, que passou, então, a 
ser chamado de faraó, cujo significado 
é “casa grande”, “rei das duas terras”. O poder dos reis 
passava de pai para filho, isto é, era 
hereditário. Como os egípcios acreditavam que os faraós 
eram deuses ou, pelo menos, 
representantes diretos dos deuses na Terra, a forma de 
governo que se instalou foi chamada de 
monarquia teocrática. 



A ilustração acima representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito:


A sociedade egípcia era organizada em torno do faraó, 
senhor de todas as terras e de todas as pessoas. 
Ele era responsável pela justiça, pelas funções 
religiosas, pela fiscalização das obras 
públicas e pelo comando do exército. 


O faraó era considerado um deus vivo, filho de deuses e 
intermediário entre eles e a população. 
Em sua honra, realizava-se inúmeros cultos.


Abaixo do faraó, e em ordem de importância, estavam o 
Vizir do Alto Egito, o do Baixo Egito e o 
Sumo-Sacerdote de Amon-Rá, um dos principais deuses do 
Egito Antigo. Os vizires contavam com 
a ajuda dos supervisores e dos nomarcas, isto é, os 
governadores dos nomos, os distritos do Egito. 
Os nomarcas por sua vez, eram auxiliados pelos funcionários do governo, os escribas, que sabiam 
ler e escrever.


ECONOMIA: A agricultura era a atividade econômica 
principal dos egípcios. Para melhor aproveitar 
as águas do rio Nilo, os camponeses uniam-se, 
empenhando-se na construção de diques e no 
armazenamento de cereais para a época de escassez.


Com o tempo, a produção agrícola tornou-se variada, sendo 
cultivados algodão, linho (utilizados na 
fabricação de roupas), trigo, cevada, gergelim, legumes,
frutas e, principalmente, oliveiras. 
Às margens do rio os camponeses faziam pomares e hortas, produzindo favas, lentilhas, 
grão–de–bico e pepinos. Cultivavam ainda uva, utilizada na 
fabricação do vinho. Perto de suas casas,
eles criavam porcos e carneiros. O trabalho no campo era 
realizado com o auxílio de um arado de 
madeira puxado por bois. Os camponeses que moravam nos pântanos e nos lagos costeiros, 
organizados em equipes, criavam em tanques numerosas 
variedades de peixes. O peixe, seco e 
conservado, era consumido muitas vezes com pão e cerveja,
e constituía parte importante da 
alimentação dos egípcios.


Contando com um intenso artesanato, o comércio também 
foi outra importante atividade econômica 
no Egito Antigo.


RELIGIÃO: Desempenhava papel importante na sociedade 
egípcia: todos os aspectos da vida de um 
egípcio eram regulados por normas religiosas. Havia 
cerimônias religiosas para os acontecimentos
individuais: nascimento, casamento, morte, etc., e também 
para os acontecimentos que envolviam 
toda a sociedade, como as festas na época da colheita.


As crenças egípcias giravam em torno da adoração de 
vários deuses, o politeísmo, e a crença em 
deuses com forma humana e animal, 
o antropozoomorfismo. 
Muitos deles eram associados a 
determinadas forças da natureza. O politeísmo egípcio era 
acompanhado pela forte crença em 
uma vida após a morte. É a partir desse princípio religioso 
que podemos compreender a 
complexidade dos rituais funerários e a preparação dos 
cadáveres através do processo de mumificação.


Os antigos egípcios acreditavam numa vida após a morte e 
no retorno do espírito ao corpo. 


Muito do que conhecemos hoje sobre os costumes e o modo de vida do Egito Antigo está 
associado a essa crença. A maior parte do nosso 
conhecimento vem da análise das pinturas e 
dos objetos deixados pelos egípcios nos túmulos.



RITUAIS DE VIDA E MORTE: 
Deus Anúbis realizando uma mumificação

Os egípcios acreditavam na vida após a morte, mas se 
quisessem gozar o outro mundo, seus corpos
teriam de sobreviver. 
Por essa razão, mumificavam seus mortos. A técnica de 
preservar corpos é chamada de 
embalsamamento e os egípcios foram verdadeiros mestres 
nessa atividade. 


Após a morte, o corpo era esvaziado e desidratado com a 
ajuda de um sal especial. Em seguida, 
embalsamado e envolvido com faixas de tecido de linho. 


As vísceras do morto eram colocadas 
separadamente em quatro recipientes. Somente o coração 
era substituído por algum objeto. 
Por ser impossível conservá-lo, uma peça em forma de 
escaravelho (inseto de quatro asas, 
também chamado de bicho-bolo) era colocada em seu lugar. 


Em geral, um texto sagrado envolvia 
o novo "coração". Assim, o anterior era substituído 
simbolicamente.

Enquanto os embalsamadores se ocupavam da proteção do 
corpo, uma sepultura era preparada e decorada.


Nem todos eram enterrados em pirâmides, como os faraós
O sepultamento variava conforme a 
posição social do indivíduo e sua riqueza. Havia outros 
tipos de túmulos: os hipogeus e as mastabas.
Os hipogeus eram túmulos subterrâneos cavados nas rochas, principalmente nos barrancos de rios 
ou nas encostas de montanhas. Podiam possuir vários 
compartimentos e ser ricamente decorados. 


As mastabas eram tumbas, de base retangular, que tinham 
no interior uma sala para oferendas, uma 
capela e uma câmara mortuária subterrânea, onde ficavam 
os mortos. As pessoas mais humildes 
eram enterradas em covas simples no meio do deserto.
Para o interior do túmulo, os egípcios levavam objetos de 
uso diário e as riquezas que possuíam e 
pintavam cenas cotidianas. Acreditavam que, agindo assim, 
garantiriam o conforto na vida após a morte.


Um ponto curioso nos rituais do Egito era a zoolatria, ou seja, a adoração de animais. Os animais tidos como sagrados eram também cuidadosamente 
mumificados, após a morte, e depositados em 
cemitérios especiais.


OS DEUSES: Os egípcios cultuavam inúmeros deuses, 
com funções e aspectos variados. 
Existiam deuses cultuados em todo Egito e outros adorados 
apenas em determinados lugares. 


Entre os primeiros estavam os deuses ligados à morte e ao 
enterro, como Osíris.

O culto ao Isis e Osíris era o mais popular no Egito Antigo. 
Acreditava-se que Osíris e sua irmã-
esposa, Ísis, tinham povoado o Egito e ensinado aos 
camponeses as técnicas da agricultura. Conta a lenda que 
o deus Set apaixonou-se por Isis e por isso assassinou 
Osíris.


Esse ressuscitou e dirigiu-se para o Além, tornando-se o 
deus dos mortos.
Os antigos egípcios acreditavam que as lágrimas de Ísis, que chorava a morte do esposo, eram
responsáveis pelas cheias periódicas do Nilo. Também era 
adorado o deus Hórus, filho de Ísis e Osíris.


O CONHECIMENTO E AS ARTES: Os egípcios 
desenvolveram importantes conhecimentos em 
diversas áreas: na aritmética, na astronomia, na química 
e na área da saúde.


A medicina egípcia apresentava grandes avanços, 
como a criação de tratamentos médicos, delicadas 
intervenções cirúrgicas e tratamento de doenças, destaca-se
ainda, a mumificação de cadáveres.


A fim de resolver problemas práticos desenvolveram técnicas como o controle das inundações, a 
construção de sistemas hidráulicos, a preparação da terra 
para a semeadura de acordo com o ciclo das estações.
As manifestações artísticas tinham evidente conotação 
religiosa sempre voltadas para a glorificação 
dos deuses e a vida de alguns faraós. Na arquitetura e na 
engenharia a construção de pirâmides e 
templos representaram um grande avanço em tais áreas.


A ESCRITA EGÍPCIA: 
Feita com sinais ou caracteres pictóricos 
que representavam imagens de pássaros, insetos, 
objetos, etc., conhecidos como hieróglifos, 
é considerada uma das formas de escrita mais antigas
conhecidas. 


Nela, cada sinal representava um objeto: havia partes do 
corpo humano, plantas, animais, edifícios, barcos, 
utensílios de trabalho, profissões, armas. 
Com o tempo, esses desenhos foram substituídos 
por figuras mais simplificadas ou por símbolos gráficos.
Os hieróglifos podiam ser escritos da direita para a 
esquerda ou vice-versa a ordem certa, em cada 
caso, dependia da direção dos olhos das figuras humanas 
ou dos  pássaros representados.

Para escrever era utilizado o papiro, espécie de papel 
fabricado com o talo de uma planta de mesmo 
nome, acompanhado de pincéis, paletas, tinteiros e um pilão. Quando eles iam escrever esmagavam 
os pigmentos no pilão e depois transferiam a tinta para o 
tinteiro, que tinha duas cavidades: Uma 
para tinta vermelha e outra para a tinta preta. Os pincéis 
eram umedecidos com água que ficava numa bolsa de couro. 


Algumas paletas tinham caráter 
espiritual para os escribas, sendo guardadas 
em seus túmulos.

A escrita hieroglífica foi decifrada pelo francês Jean-François Champollion, que, após anos de estudo,
concluiu seu trabalho em 1822, decifrando a Pedra de 
Roseta, um pedaço de basalto negro onde 
estava gravado um texto em grego, hieróglifos e demótico.
Quem realizava este trabalho de registro eram os escribas. 
Os escribas eram altos funcionários a 
serviço do faraó. Tinham como dever, anotar o que 
acontecia nos campos, contar os grãos, 
registrar as cheias do Nilo, calcular os impostos que os 
camponeses deveriam pagar, escrever 
contratos, atas judiciais, cartas, além de registrar os outros 
produtos que entravam no armazém.


Além da escrita, os escribas tinham que conhecer as leis, 
saber calcular impostos e ter noções de 
aritmética. Os escribas possuíam um pictograma próprio, 
representado pela paleta. Lê-se sech 
(escrever), e faz parte das palavras relacionadas com arquivos, impostos e tributos.



As mulheres na sociedade egípcia: 


Os relevos e pinturas dos túmulos fornecem imenso e
importante material para se estudar a vida 
cotidiana dos egípcios. Apesar de os grandes túmulos 
terem pertencido apenas aos membros dos 
grupos sociais mais ricos, algumas cenas de seu interior 
permitem-nos lançar um olhar sobre o 
cotidiano de grande parte da população. As informações 
transmitidas por estas cenas podem ser 
complementadas por objetos de uso diário, que eram 
muitas vezes sepultados com seus proprietários. 


Os textos literários e administrativos são também importantes.
Assim, é possível conhecer um pouco o papel das mulheres 
no Egito Antigo analisando a decoração 
dos túmulos. Nessas cenas, a esposa ou a mãe do 
proprietário do túmulo têm maior destaque. Em 
geral, as duas aparecem vestidas de forma simples, mas 
elegante, sentadas comodamente com o 
homem à mesa de oferendas. Por vezes, elas acompanham 
o homem quando ele observa cenas de
trabalho. No outro extremo, encontramos as mulheres 
ocupadas em trabalhos servis, fazendo pão e 
cerveja, fiando ou tecendo. São atividades feitas, 
provavelmente, em aposentos domésticos de uma 
casa mais rica.


A cor amarelada da pele das mulheres indica, 
entre outras coisas, uma menor exposição ao sol do 
que a dos homens, representados com aparência mais 
avermelhada. Isso sugere uma reclusão 
maior da mulher. É possível que não fosse seguro para 
elas se aventurarem pelos espaços externos. 


Um texto de Ramsés III afirma: "Tornei possível à mulher 
egípcia seguir seu caminho, podendo as
suas viagens prolongar-se até onde ela quiser, sem que 
qualquer outra pessoa a assalte na estrada", 
o que implica não ter sido sempre este o caso.


Nos túmulos mais antigos as mulheres estão ausentes 
dos trabalhos de maior destaque e das 
diversões mais agradáveis. Para além das cenas de
tocadoras de instrumentos e de dançarinas 
acrobáticas, o papel das mulheres neste período parece 
ter sido muito restrito. As mulheres não
tinham quaisquer títulos importantes e, à exceção de alguns
membros da família real e das rainhas, 
dispunham de pouco poder político. O título que detinham 
em geral era o de senhora da casa. Quase 
todas eram analfabetas.


A vida dos egípcios" em Só História. Virtuous 
Tecnologia da Informação, 2009-2020. Consultado 
em 23/03/2020 às 15:01. Disponível na Internet em
http://www.sohistoria.com.br/ef2/egito/p5.php


A partir da leitura do texto acima, responda, no teu 
caderno, as questões abaixo: 

Quais os períodos que se divide a história do Egito Antigo?

Cite 3 características do Antigo Império.

Quem foram os hicsos?

O Novo Império foi um período de sucessivos ataques e 
conquistas da região egípcia por outros povos. 


Quais foram eles?


O que eram os nomos?


Explique como funcionava a Monarquia teocrática.


Qual a posição e função do faraó na sociedade egípcia?


A partir da observação do mapa, 
responda:


Como é a região do Egito?

Em que parte do Egito localizam-se as maiores pirâmides?

Como desenvolveu-se a economia egípcia? 

Qual a importância do rio Nilo? 

Como se organizava a religião no Egito Antigo? Identifique 
3 características.

Qual ponto da cultura egípcia mais te chama a atenção? 

Pesquisa e escreva um pequeno texto 
a respeito. 

segunda-feira, 13 de abril de 2020

ATIVIDADE 4: SEMANA DE 13 A 17/04: Totalidade 7 - Pré-História


  1. Segue abaixo três sugestões de filmes que se passam no contexto da Pré História:
Os Croods (2013) - Netflix: 4 temporadas
10.000 a.C (2008) - Netflix
Ano um (2009)
  1. Escolha 1 dos filmes sugeridos e faça uma Sessão Pipoca em Família.
  2. Quero ver o registro desse momento. As fotos podem ser postadas no grupo do face :)  Todos estão lá?
  3. Lembrando que no blog, no dia 30 de março foi disponibilizado material sobre a Pré-História.
Os filmes acima são sugestões dentro do conteúdo sobre pré-história. Se tiverem outras sugestões, podem indicar nos comentários.

Lembrem-se de deixarem o ok aqui embaixo pra que eu possa acompanhar quem está acessando.



ATIVIDADE 4: SEMANA DE 13 A 17/04 - Totalidade 9 - Independência e Brasil Imperial




  1. Assista o vídeo. (clique o link acima).
  2. Leia o material “Brasil Imperial e o processo de Independência”, destacando pontos importantes (sobre a política, economia, sociedade) no caderno.
  3. Quem quiser ou tiver acesso ao mesmo conteúdo por outro material que não seja o do blog (Ex. livro didático, vídeos do Youtube), pode realizar a mesma atividade. Não esquecer de identificar a fonte de consulta: nome da obra, título, editora.

Independência das colônias da América espanhola e do Haiti
COTRIM, Gilberto. História Global. Brasil e Geral. Volume Único. São Paulo: Saraiva, 2005

Crise colonial
Colonização de exploração: exploração dos produtos e terra colonial para benefício da metrópole.
Confronto com a metrópole: colonos exigiam investimentos na colônia assim como direitos.
Exploração das riquezas → forças socioeconômicas da colônia = luta contra a exploração/crise do colonialismo mercantilista.

Capitalismo x Sistema colonial
Práticas do colonialismo mercantilista (dominação política da metrópole, monopólio comercial, trabalho compulsório) não eram condizentes com as práticas econômicas do capitalismo industrial (mercado livre e trabalho assalariado). Ou seja, havia necessidade de uma mudança na forma de governar e de organização econômica, principalmente no que dizia respeito a mão de obra utilizada.

Rompimento
Séc. XIX: Domínio colonial da monarquia espanhola no continente americano: vice -reinos da Nova Espanha(1535), Peru ( 1542), Nova Granada (1718) e Prata (1776). Capitanias: Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile.

Durante as três primeiras décadas do séc. XIX uma série de movimentos de independência ocorreram motivadas pela difusão das ideias liberais do Iluminismo, ambição das elites coloniais (formada basicamente pelos criollos; que tinham restrições políticas e econômicas, latifundiários, comerciantes urbanos...) e a debilidade do governo espanhol para controlar as colônias.

Junto às elites coloniais as camadas populares aliaram-se contra a metrópole em busca de conquistas sociais.
Com a invasão francesa à Espanha em 1808 houve o enfraquecimento do controle administrativo nas colônias e o movimento pró independência toma força.

Lutas pela Independência

México: 1821 Líder: Agostinho Iturbide.
América Central: formação das Províncias Unidas Centro- Americanas, posteriormente os países: Guatemala, Honduras, Costa Rica, El Salvador.
América do Sul: Líderes: José San Martín (Argentina, Chile e Peru), Simon Bolivar ( Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia e Peru) e Tupac Amaru (Peru).

Haiti
Colônia francesa, produtora de rum e cana de açúcar, teve sua independência liderada por escravos,  em 1791, sob comando de Toussaint Louverture e Dessalines.

Os senhores de terra e tropas francesas lutaram por anos. Em 1802 Louverture foi preso e morto. Em 1825 foi reconhecida sua independência e abolida a escravidão. Apesar da destruição da economia e da produção, a liberdade social venceu.

O Interesse de Ingleses e Americanos

Durante as lutas pela independência das colônias americanas não houve colaboração por parte dos países europeus, principalmente os que formavam a Santa Aliança. Apenas a Inglaterra, interessada em expandir seu mercado foi favorável.


No início do séc. XIX, os governos EUA demonstravam que queriam controlar política e economicamente a América. Em 1823, o presidente James Monroe, ofereceu apoio para manter os países europeus distantes. "América para os americanos", famoso lema da Doutrina Monroe.


Independência do Brasil:

COTRIM, Gilberto. História Global:Brasil Geral. São Paulo: Saraiva, 2005.




O surgimento do capitalismo industrial foi o motivo externo para crise colonial no Brasil. Internamente, crises sociais, políticas e econômicas com a metrópole portuguesa culminaram com a independência do Brasil. Portugal não podia mais explorar a colônia sem desenvolvê-la.
A população colonial fixava-se em sua grande parte na região litorânea, com alguns núcleos urbanos em Minas Gerais (exploração de ouro e diamantes). Dentre essa população destacavam-se três grupos básicos:
Colonizadores ou reinóis: nascidos em Portugal: comerciantes traficantes de escravos, governadores de capitanias, juízes, militares, bispos…;
Colonizados: + 80% da população (indígenas, escravos, indígenas, brancos livres e pobres) que trabalhavam na lavoura, minas, oficinas e comércio;
Colonos: senhores de engenho, fazendeiros. Faziam parte dos dominantes da colônia mas sentiam-se prejudicados pelas normas da metrópole.
Durante o período colonial uma série de revoltas com o objetivo de modificar aspectos da política colonial, sem a intenção de separar o Brasil e Portugal ocorreram:🔎(qdo a lupa aparece significa que vcs podem pesquisar a respeito)

Entre o final do séc. XVIII e início do XIX ocorrem as primeiras revoltas com objetivo de rompimento:
  • Conjuração Mineira
  • Conjuração Baiana
  • Revolução Pernambucana

No início do séc. XIX, o bloqueio continental decretado por Napoleão Bonaparte foi determinante para profundas mudanças no Brasil.
Em 22 de janeiro de 1808, D.João e a Corte portuguesa fogem para o Brasil fugindo de Napoleão para não romper suas relações com a Inglaterra. 

Chegando aqui decretou a abertura dos portos ao comércio internacional. Os comerciantes ganham liberdade no comércio e a Inglaterra benefícios, como o Tratado de comércio e navegação de 1810, que estabelecia uma taxa alfandegária mais baixa para os ingleses.
Com a transferência da corte portuguesa no Rio de Janeiro toda a estrutura administrativa foi montada: nomeação de ministros, órgãos públicos, Tribunal de Justiça e criou-se o Banco do Brasil. Uma série de medidas políticas, culturais e econômicas contribuíram para o processo de emancipação.
Liberdade fabril, 1808
Promoção da vida cultural e das artes: Academia Militar e da Marinha, Hospital Militar, 1as instituições de ensino superior, Jardim Botânico, Biblioteca Real, Academia de Belas Artes, Imprensa Régia, Missão Francesa (1816)

Elevação do Brasil a Reino Unido 1815
Em agosto de 1820 um movimento liderado por comerciantes portugueses, conhecido por Revolução Liberal, obriga D. João a voltar para Portugal em 26/4/1821, deixando seu filho Pedro como Príncipe regente do Brasil. 
Certo de que posteriormente os ânimos separatistas fossem acalmados, D. João não contava na pressão das Cortes de Lisboa em recolonizar o Brasil e restringir a autonomia do governo brasileiro. Depois, passam a exigir o retorno de D. Pedro.
As elites brasileiras reagem às intenções das Cortes de Lisboa percebendo os prejuízos na liberdade econômica e autonomia administrativa e organizam-se com apoio para D. Pedro resistir. É o surgimento do Partido Brasileiro, com nomes como José Bonifácio, Cipriano Barata e Gonçalves Ledo.
No dia 9/01/1822 D. Pedro recebe um documento elaborado pelo Partido com mais de 8 mil assinaturas e declara: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto: diga ao povo que fico".
D. Pedro permanece no Brasil e decreta, meses depois, que as ordens da corte devem passar pela sua aprovação.
Com as forças que o apoiavam, D. Pedro rompe com Portugal. Dia 22 de Setembro de 1822, em São Paulo, é oficializada a independência do Brasil. D. Pedro é aclamado imperador ao chegar no Rio de Janeiro e coroado com o título de D. Pedro I em 1/12/1822.


Primeiro Reinado:
(1822 - 1831)

O primeiro ano de governo mostrou-se um "arranjo político" entre as elites. O poder da metrópole agora estava nas mãos dos grupos dominantes.
A notícia levou meses para chegar nas províncias mais distantes e foi recebida sem resistência. Em algumas regiões do norte e nordeste, militares e comerciantes portugueses decidiram lutar pela manutenção do laço com Portugal. Sem um exército foi necessária a contratação de serviços militares de mercenários e apoio de grandes proprietários rurais do centro-sul. Após um ano de confronto o país estava sob comando do imperador.
O reconhecimento da independência do Brasil foi contestada inicialmente pelos países latino-americanos pela escolha de ser uma monarquia com um imperador nascido em Portugal.
EUA foi o primeiro a reconhecer a independência motivados pelo interesse de aumentar sua influência na América.
Portugal, após uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas, mediada e "emprestada" pela Inglaterra, reconhece a independência de sua ex-colônia.
Os demais países europeus também reconhecem a independência, não sem antes obter benefícios: fim do tráfico negreiro ( Inglaterra), igualdade de tratamento para as importações (França, Áustria, Bélgica e Dinamarca).
Assim, durante o primeiro reinado o país se enche de produtos importados e sua balança comercial força o contrato de empréstimos em bancos estrangeiros.
Primeira Constituição
Em 1822 foi convocada uma assembleia constituinte para a elaboração da primeira constituição. A maioria dos membros defendia os interesses dos grandes proprietários rurais.
Projeto de 1823 - Constituição da Mandioca: oposição forte aos portugueses, redução dos poderes do imperador e ampliação do poder legislativo.
D. Pedro I reagiu de forma agressiva, dissolvendo a assembleia, prendendo e expulsando deputados.

Partido Português X Partido Brasileiro
Em março de 1824 dez brasileiros natos foram eleitos pelo imperador para elaborar uma constituição em 40 dias. 
A Constituição de 24 determinou um novo sistema eleitoral, a submissão da Igreja Católica (declarada religião oficial do Brasil) ao controle do imperador e a existência de 4 poderes:🔎Judiciário - Legislativo - Executivo Moderador
Diversas revoltas eclodiram pelo país pela postura autoritária de D. Pedro; como a Confederação do Equador, no nordeste, liderada pelo Frei Caneca. Principais reivindicações: fim do tráfico negreiro e igualdade social.
O fim do primeiro reinado foi motivado pelo autoritarismo do imperador, crise interna e também pelo descontentamento com as mortes e despesas ocasionadas pela Guerra da Cisplatina.🔎
Acordos internacionais entre Portugal e Espanha diziam que a Colônia do Sacramento era da Espanhola porém, em 1816 a região teria sido incorporada ao Brasil por D. João VI, que invadiu a região.
Outros motivos para crise foram: a morte de D. João, tornando D. Pedro I o herdeiro do trono Português. A União das duas coroas não era bem vista pela elite brasileira. 
Crise econômica com déficit da balança comercial, aumentando o custo de vida da população.
Após a Noite das garrafadas a situação fica insustentável e D. Pedro abdica deixando o trono para seu filho Pedro Alcantara, de 5 anos. Inicia-se no Brasil o período regencial.


PERÍODO REGENCIAL NO BRASIL 
 (1831 - 1840)

https://brasilescola.uol.com.br/historiab/periodo-regencial.htm

Pedro de Alcântara, herdeiro da coroa após a abdicação de D. Pedro I, na época com cinco anos, não poderia ser coroado imperador até a maioridade, alcançada aos 18 anos.
A saída legal que constava na Constituição de 1824 era um período de transição em que o país seria governado por regentes. 
Apesar de ter durado apenas 9 anos o Brasil possui quatro regências diferentes:🔎
Regência Trina Provisória (1831)
Regência Trina Permanente (1831-1834)
Regência Una de Feijó (1835-1837)
Regência Una de Araújo Lima (1837-1840)

As principais medidas tomadas pela regência provisória, foram:
restituir ministros que haviam sido demitidos por D. Pedro I, 
convocar uma nova Assembleia Legislativa para composição de novas leis,
 anistiamento de criminosos políticos e,
afastar do Exército estrangeiros“desordeiros”.

A Regência Trina Provisória teve vida curta, devido a política brasileira tumultuada e uma série de distúrbios pelo país. Assim, em junho de 1831, foi eleita a Regência Trina Permanente, que era composta por José da Costa Carvalho, João Bráulio Muniz e Francisco de Lima e Silva.
Durante a Regência Trina Permanente, houve três acontecimentos de destaque. 
criação da Guarda Nacional, força pública composta por homens eleitores entre 21 a 60 anos de idade, para controlar manifestações e impedir revoltas.
reforma no Poder Moderador; retirando atribuições desse poder e dando maiores possibilidades de os deputados e senadores vistoriarem as ações do Executivo. 
embate político entre José Bonifácio e o padre Feijó, que resultou na saída de José Bonifácio da vida política brasileira.

A Regência Trina Permanente não teve força para colocar sob controle os rumos da política nacional.  
Conflitos entre Moderados, Exaltados e Restauradores permaneciam, e revoltas ocorrem pelo país. Uma delas foi a Cabanada,  que estourou em 1832, na província de Pernambuco.
A continuidade das tensões no Brasil deixava claro que havia um choque entre governo e províncias, principalmente, a questão da centralização do poder no governo contra o desejo das províncias brasileiras de alcançarem maior autonomia (federalismo). Para atender as demandas das províncias e controlar a situação política foi aprovado o Ato Adicional de 1834, uma lei que fazia alterações na Constituição de 1824. Com o Ato Adicional, as mudanças mais sensíveis foram:
  • fim do poder moderador durante o Período Regencial;
  • fim do Conselho de Estado;
  • criação de Assembleias Legislativas provinciais;
  • aumento dos poderes dos presidentes de província, mas a nomeação era função do imperador;
  • substituição da regência trina por uma regência una.

Com as mudanças instituídas pelo Ato Adicional, esboçava-se no Brasil um modelo que concedia às províncias um grau considerável de autonomia. Além disso, a eleição de um regente para governar todo o país aproximava o Brasil de um cenário republicano. Por isso, muitos historiadores afirmam que o Período Regencial foi uma experiência republicana no meio de dois reinados.
Com a determinação de que o país seria governado por um regente apenas, eleições foram organizadas. Realizada em 1835, o padre Feijó obteve 2826 votos e, assim, derrotou Holanda Cavalcanti, que obteve 2251. A regência de Feijó ficou marcada pela Cabanagem, no Pará, e pela Revolta dos Farrapos, no Rio Grande do Sul.
Feijó tinha humor explosivo e deparou-se com forte oposição em todas as frentes da política brasileira. Essa oposição fez padre Feijó solicitar afastamento da função. Com sua saída, nova eleição foi realizada, e Pedro de Araújo Lima derrotou Holanda Cavalcanti e foi eleito regente do Brasil.
Na regência de Araújo Lima, houve o crescimento dos políticos conservadores (mescla dos Liberais Moderados com os Restauradores) e tentativas do regente de tentar retirar algumas das liberdades que as províncias haviam conquistado com o Ato Adicional de 1834.

Política no Período Regencial

Marcado pela intensa movimentação política que acontecia no país, o debate político girava em torno de três grupos políticos, que gradativamente se transformaram nos dois partidos políticos do Segundo Reinado.
Ao longo do Período Regencial, os grupos existentes foram convertendo-se nos dois partidos que centralizaram a política durante o Segundo Reinado. O Partido Liberal surgiu da mescla dos liberais moderados com os exaltados, e o Partido Conservador surgiu da mescla dos liberais moderados com os restauradores.
Revoltas: grande marca do Período Regencial as revoltas provinciais pelas insatisfações políticas com os rumos do país, disputas políticas locais, insatisfação popular com a pobreza e a desigualdade etc. tomaram o país. 

As principais revoltas foram:

Cabanagem: Grão-Pará; 1835 e 1840 pela insatisfação popular com a pobreza e a desigualdade e disputas políticas locais.
Balaiada: Maranhão; 1838 e 1841 por disputas políticas locais.
Sabinada: 1837-1840; rebelião de caráter separatista que desejava implantar uma república na Bahia. 
Revolta dos Malês: Salvador, 1835. Rebelião de escravos.
Revolta dos Farrapos: 1835 a 1845 - motivada por insatisfação da elite local com o governo por questões políticas e econômicas.
O fim do Período Regencial foi resultado da disputa política entre liberais e conservadores. Os liberais insatisfeitos com a regência de Araújo Lima; um conservador, reagiram defendendo a antecipação da maioridade do príncipe Pedro de Alcântara. Os liberais conseguiram conquistar o apoio da maioria dos deputados e senadores e realizar o Golpe da Maioridade em 1840.
Com esse golpe, Pedro de Alcântara teve a sua maioridade antecipada e tornou-se imperador do Brasil com 14 anos de idade. Esse ato iniciou o Segundo Reinado e deixou os liberais satisfeitos porque foi retirado o poder das mãos dos conservadores. Os liberais também esperavam que a coroação do imperador colocasse fim à série de revoltas provinciais que aconteciam no país.